Modelos Animais: Ratinhos transgénicos

27 Abril 2020, 10:30 Federico Herrera Garcia

Nesta aula, foi apresentado pelos alunos um artigo sobre os fundamentos moleculares da deficiência dos sinais de desenvolvimento na síndrome de Down (Maddalena Adorno et al. Nature 2019) numa apresentação de 15 minutos. Resumo:A síndrome de Down resulta de trissomia total ou parcial do cromossoma 21. Contudo, as consequências do desequilíbrio genético subjacente nos tecidos adultos continuam a ser mal compreendidas. Mostramos aqui que em ratos Ts65Dn, que são trissómicos para 132 genes homólogos aos genes do cromossoma 21 humano, a triplicação da Usp16 reduz a auto-renovação das células estaminais hematopoiéticas e a expansão das células epiteliais mamárias, progenitores neurais e fibroblastos. Além disso, a Usp16 está associada à diminuição da ubiquitinação de Cdkn2a e à aceleração da senescência nos fibroblastos Ts65Dn. A Usp16 pode remover a ubiquitina do histone H2A na lisina 119, uma marca crítica para a manutenção de múltiplos tecidos somáticos. A desregulação da Usp16, quer por mutação de um único alelo Usp16 normal, quer por RNAs de curta interferência, salva em grande parte todos estes defeitos. Além disso, na sobreexpressão dos tecidos humanos da USP16 reduz a expansão dos fibroblastos normalfibroblastos e progenitores neurais pós-natais, enquanto que a desregulação da USP16 salva parcialmente os defeitos de proliferação dos fibroblastos da síndrome de Down. No seu conjunto, estes resultados sugerem que a USP16 tem um papel importante na antagonização das vias de auto-renovação e/ou senescência na síndrome de Down e poderia servir como um alvo atractivo para melhorar algumas das patologias associadas. Após uma ronda de perguntas seleccionadas pelos seus colegas, os estudantes procederam à apresentação de uma desordem genética (Hemofilia) numa apresentação em 3 slides seguida de uma nova ronda de perguntas e comentários finais.