Sumários

Controvérsias sobre a descoberta da energia e a energética

2 Dezembro 2019, 08:00 Ricardo Lopes Coelho

A controvérsia sobre a descoberta da energia opõe Thyndall a Thomson e Tait.

1.       A mudança conceptual de Thomson, 1847-1851: a defesa da teoria de Carnot, a dificuldade em aceitar a de Joule, o trabalho de Clausius e Rankine, e a adesão à teoria dinâmica do calor e proposta do conceito de energia.

2.       Desenvolvimento dos trabalhos em energia por Thomson: divisão das reservas de energia; especulações sobre o início do mundo e o fim da vida na terra; adopção das  formas da energia de Rankine.

3.       O artigo ‘Energia’ na Good Words. Reacção de Thyndall e a polémica.

 

A terceira controvérsia envolve Boltzmann e Ostwald.

Panorâmica do desenvolvimento da concepção da energia:

Os trabalhos de Lodge e Poynting levaram a conceber a energia como uma substância: não é apenas algo que se mantém, como também se move no espaço. Trataram-se as experiências e interpretações.

As dificuldades apontadas por Planck, nomeadamente, o lugar da energia no sistema.

O encontro de Luebeck em 1895: teses de Ostwald e Helm e a oposição à energética.

A crítica de Boltzmann à energética no artigo de 1896.

Análise da resposta de Ostwald, com explicação da justificação apresentada.

A nota final de Boltzmann.

Sobre as controvérsias: o que podemos aproveitar para a compreensão da energia; como as diferentes concepções ainda se manifestam nos manuais hodiernos; que dificuldades podem criar.


Discussão de teses como problema

25 Novembro 2019, 10:00 Ricardo Lopes Coelho

Problemas: apresentação de diferentes teses sobre os assuntos da teórica.
Início da apresentação dos trabalhos dos estudantes.
Exercício escrito facultativo.


Controvérsia Mayer - Joule

25 Novembro 2019, 08:00 Ricardo Lopes Coelho

As próximas sessões tratam de controvérsias relacionadas com a energia. Mostrou-se o interesse do assunto através de citações de físicos que afirmam, não se saber o que é a energia.

A primeira controvérsia envolve Joule e Mayer. O programa inclui 3 partes:
1 - o que fez Mayer;
2 - o que fez Joule;
3 - discussão da questão, quem descobriu o quê, e análise dos textos.
1. Postulados filosóficos de Mayer, 'causa igual ao efeito' e 'nada vem do nada'; relação ao conceito de força e propriedades da força, indestrutibilidade e transformabilidade; interpretação de fenómenos mecânicos, mecânico-térmicos, eléctrico-mecânicos e com seres vivos, através da força.
2. A hipótese de Joule, o calor é movimento; experiências que corroboravam a ideia e os cálculos do equivalente mecânica do calor; integração por Joule de experiências colaborantes com a tese do calor-substância.
3. O que é comum a ambos, o equivalente mecânico do calor e, consequentemente, a rejeição da tese do calor-substância; o que é diferente, o calor ser força ou movimento. Olhar a controvérsia a partir do estudo realizado.


Leibniz-Clarke: exercícios hermenêuticos

18 Novembro 2019, 10:00 Ricardo Lopes Coelho

Foram apresentadas e discutidas questões sobre a polémica Leibnniz-Clarke, que serviam para os estudantes treinar a penetrar nos assuntos de forma própria.

 


Leibniz-Clarke, os sistemas

18 Novembro 2019, 08:00 Ricardo Lopes Coelho

Por sistema entende-se a reconstrução lógica da estrutura conceptual de ambos os autores, a partir dos elementos dados na controvérsia e em sequência tendencialmente dedutiva, ou seja, a partir do mais fundamental.

1. Sistema de Clarke:

- regras de filosofar dos Principia de Newton;

- definições por condição necessária, exemplos com a crítica de Leibniz, ao exigir explicações;

- o processo de generalização e o Princípio de Acção, relação às regras de Newton;

- a oposição disjuntiva: ou é impossível para Deus ou pode ser admitido;

2. Sistema de Leibniz:

- o princípio de razão suficiente como exigência geral;

- definições por condição suficiente;

- consequências do PRS, os princípios de identidade dos indiscerníveis e do melhor

- a polivalência, por oposição ao dilema 'impossível para Deus ou admissível'.

Conclui-se que estamos perante dois estruturas conceptuais diferentes. Mostrou-se como a análise dos modus tollens, que os autores usaram no curso da polémica, teriam permitido concluir a incompatibilidade das concepções.