HIB 6
26 Outubro 2021, 11:00 • Carlos António da Silva Assis
Unidade 3 – A Antiguidade (O dealbar da civilização)
Particularidades da China e da Índia que as tornaram importantes como possuindo um nível de conhecimento elevado: dimensão do território, envolvimento em redes e rotas comerciais, desenvolvimento da escrita e interesse no conhecimento; relação entre uma actividade comercial pujante e a riqueza, o estudo e a aquisição de conhecimentos.
A civilização chinesa – os “grandes” do oriente: o universo como uma espécie de ser vivo, composto por cinco elementos (água, terra, metal, madeira e fogo) em proporções diversas, que combinados com as forcas vitais (Qi, Yin e Yang) produzem os ritmos cíclicos do tempo e da natureza.
Conhecimentos importantes sobre a anatomia, a biologia de vários animais, com aplicação na produção industrial e para divertimento, exemplos do bicho-da-seda, das carpas koi e do peixe vermelho.
A medicina chinesa: esquemas anatómicos humanos, meridianos e acupunctura; o uso do ritmo e vigor da pulsação e o registo, nos pen ts’ao, das propriedades terapêuticas de animais e plantas; os manuscritos de Mawangdui, em particular o Wushi’er Bingfang (receitas para 52 doenças) e a sua importância na datação de práticas tradicionais chinesas, como a acupunctura e a moxabustão; características do conteúdo do Wushi’er Bingfang; o Huangdi Neijing (Canon interno do Imperador Amarelo), importância da obra e resumo da composição e das características.
A importância para os chineses do carácter cíclico de tudo os que os rodeava, desde os fenómenos astronómicos até aos fisiológicos, e a crença de que conheciam já as características da circulação sanguínea, 40 séculos antes da sua descrição formal por William Harvey.
Composição do organismo em 5 órgãos, correspondentes aos 5 elementos cósmicos, e seis vísceras, correspondentes às 6 emanações terrestres que, combinados com as forças do Yin e do Yang, produzem os ritmos cíclicos da natureza.
O sistema de 12 canais pares e simétricos (os meridianos), que ligam os órgãos e as vísceras, e por onde circulam o “sopro vital”, Qi, o Yin, o Yang e o sangue, e a forma como, actuando sobre eles pode ser modulado e reequilibrado o fluxo da energia com o objectivo de restabelecer a saúde.
A civilização Indiana – o “peso” da tradição: a Ayourveda (ciência ou conhecimento da vida) e a biologia.
A biologia indiana: baseada em conhecimentos empíricos acerca de várias espécies úteis, envolvendo exigências ecológicas, cruzamentos seleccionados, observação de períodos de reprodução, etc.; produção das primeiras classificações baseadas em características inerentes aos organismos.
A medicina indiana: a Ayourveda (ciência ou conhecimento da vida), definida como o conjunto de fenómenos vitais, normais ou patológicos; bases da medicina indiana – as Vedas, em particular a Atharvaveda, datada de 1500 – 1500 a. C.; os cinco elementos naturais (terra, água, fogo, vento e espaço); as doenças e os fenómenos fisiológicos como resultado do estado de equilíbrio entre os elementos; o estado avançado da cirurgia (exemplo da rinoplastia).
As Vedas e a sua riqueza na descrição de práticas mágicas para a cura de doenças, de encantos e feitiços para a expulsão de demónios, no uso de plantas e animais e na influência de elementos naturais sobre a saúde; condições de doença mais frequentemente mencionadas.
A idade de ouro da medicina indiana, entre 800 a.C. e 1000 d.C., e os tratados médicos fundamentais – Charaka-samhita, sobre medicina geral, e o Sushruta-samhita, sobre práticas cirúrgicas.
Importância das civilizações orientais no desenvolvimento da ciência na Antiguidade e os principais domínios da actividade “científica” da época.
Características do conhecimento nas primeiras civilizações: motivações eminentemente práticas para a aquisição de conhecimentos; conhecimentos científicos e técnicos sempre envolvidos numa moldura de magia e religião.
Esclarecimento das dúvidas dos alunos.