HIB 22

13 Dezembro 2022, 11:00 Carlos António da Silva Assis

Unidade 6 – A Idade contemporânea (a consolidação do saber)

A Biologia nos séculos XV a XVIII (um resumo): o contexto de surgimento da Idade Moderna, a preparação da Idade Moderna, a alteração de paradigmas e as bases para o desenvolvimento da Biologia.

A Biologia no século XIX.

A expansão do conhecimento, a diversificação das áreas tradicionais, a emancipação de várias áreas do conhecimento biológico e o estabelecimento dos pilares fundamentais da Biologia Moderna.

A formulação da Teoria Celular e da Teoria da Evolução, a primeira abordagem à genética, o desenvolvimento da anatomia comparada e da microbiologia, a compreensão da natureza do contágio, e o estabelecimento da Paleontologia como motores de uma drástica alteração dos paradigmas da Biologia.

Os naturalistas dominantes ao longo do século XIX: Jean-Baptiste Lamarck, Étienne Geoffroy Saint-Hilaire, Georges Cuvier e Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.

Jean-Baptiste Lamarck: breve nota biográfica e principais obras; Philosophie Zoologique (1809); a teoria de evolução de Lamarck e os princípios do uso e do desuso e da hereditariedade dos caracteres adquiridos.

Étienne Geoffroy Saint-Hilaire: breve nota biográfica e principais obras; os estudos de teratologia; a unidade do plano do reino animal; as ideias transformistas e a importância conferida ao meio como motor da transformação.

Georges Cuvier: breve nota biográfica e principais obras; da anatomia funcional à anatomia comparada; o princípio da correlação de formas; a contribuição para a paleontologia; o fixismo intransigente e a teoria do catastrofismo.

O antagonismo entre Cuvier e Saint-Hilaire e a discussão entre homologia e analogia.

Charles Darwin: breve nota biográfica e principais obras; a viagem da Beagle; de acompanhante do capitão a naturalista; o conflito interno entre factos e crença.

Alfred Russel Wallace, o esquecido: breve nota biográfica e principais obras, a teoria da Biogeografia; a carta para Darwin com a sua teoria evolutiva.

Charles Darwin de novo: a carta de Wallace; Lyel, Hooker e a comunicação na Linnean Society of London, em 1858; a Origem das Espécies e a defesa da teoria; o papel particular de Huxley; a aceitação da pangénese e a hereditariedade dos caracteres adquiridos.

Ernst Haeckel: breve nota biográfica e principais obras; a Lei Biogenética Fundamental e a Teoria da Gastrea; os termos Ecologia, Phylum e Filogenia; as árvores como forma gráfica de representar a evolução; a veia artística de Haeckel.

A Teoria Celular: os três postulados fundamentais da Teoria Celular; os papéis de Matthias Schleiden, Theodore Schwann e Rudolf Virchow; os antecessores e os precursores da teoria celular; o que se sabia e o que se desconhecia ao ser estabelecida a teoria celular; campos que se desenvolveram na sequência do estabelecimento da Teoria Celular.

A geração dos seres vivos: a herança (espontaneístas vs. anti-espontaneistas, epigénesistas vs. pré-formacionistas e ovistas vs. espermatistas) e os avanços (Louis Pasteur e o fim da geração espontânea, Karl von Baer e o fim do pré-formacionismo, Édouard Beneden, Gustave Thuret, Oscar Hertwig e Jacques Victor Coste e o fim do ovismo e do espermatismo).

A genética: os antecessores (Réaumur e Maupertuis) e os precursores (Jean-Antoine Colladon, Augustin Sageret, Charles Naudin e Johann Gregor Mendel); os trabalhos de Mendel com ervilheiras e as leis de Mendel; o esquecimento e a redescoberta de Mendel, em 1902, por Hugo der Vries, Carl Correns e Eric von Tschermak.

Theodor Boveri e Walter Sutton, e a Teoria Cromossómica.

Godfrey Hardy e Wilhelm Weinberg, e a genética populacional.

Thomas Hunt Morgan, a identificação da sede da informação genética, e os fenómenos de mutação, linkage e crossing-over.

Alfred Sturtvant e o primeiro mapa genético.

A Química da Vida e o Vitalismo: o pressentimento da importância da Química para o avanço da Biologia e as dificuldades impostas pela crença vitalista; a falta de concordância entre a Química e a Biologia no que se refere aos princípios, aos métodos e aos materiais; a perda da força das ideias vitalistas ao longo do século XIX.

Xavier Bichat: breve nota biográfica e principais obras; a célula como sede do conflito entre a vida e a morte.

O desenvolvimento da Bioquímica: da extracção, isolamento e uso de compostos fornecidos por organismos vivos até à síntese laboratorial de compostos orgânicos; os trabalhos de J. B. Caventou e P.-J. Pelletier; J. J. Berzelius, a distinção entre compostos orgânicos e inorgânicos e o suporte às ideias vitalistas; Friedrich Wöhler, a síntese da ureia e o abrir de portas para novas tentativas de síntese completa de compostos orgânicos; Justus von Liebig, o seu interesse nos processos energéticos, o alimento como fonte de energia e a classificação dos compostos orgânicos em proteínas, hidratos de carbono e gorduras; A. H. Kolbe e a síntese completa do ácido acético; P. M. Berthelot, a síntese completa de muitos compostos orgânicos e a diminuição da importância do vitalismo.

Edward Büchner, os estudos de fermentação, a demonstração da possibilidade de realização de reacções metabólicas na ausência de células e a queda definitiva do vitalismo.

Desenvolvimento da fisiologia: As escolas alemã e francesa de Fisiologia, com Justus von Liebig, Johannes Müller e Carl Ludwig e com Charles Bell, François Magendie e Claude Bernard, respectivamente; os principais interesses da escola alemã, a metodologia e a importância na formação de seguidores; Johannes Müller – breve nota biográfica e principais obras; o seu papel no desenvolvimento da Fisiologia ao integrar nela o saber e os métodos de outras áreas do conhecimento e ao estimular com o seu exemplo e com os seus ensinamentos a investigação em fisiologia; as suas convicções vitalistas; Carl Ludwig, os seus trabalhos sobre a pressão sanguínea, a excreção urinária e a anestesia, e a sua enorme lista de correspondentes; os principais interesses da escola francesa, a metodologia e a importância dada à experiência; C. Bell e F. Magendie e as experiências sobre o sistema nervoso; a lei de Bell-Magendie; as principais descobertas de Magendie; Claude Bernard: breve nota biográfica e principais obras; o seu interesse pelas questões metodológicas e pela experimentação em Fisiologia; a indução de fenómenos fisiológicos; formulação do conceito de Meio Interior e a sua importância para a compreensão do funcionamento dos organismos vivos.

Esclarecimento das dúvidas dos alunos.

Esta aula foi leccionada remotamente através da plataforma zoom, seguindo os conselhos da Protecção Civil e as orientações da Direcção da FCUL em mensagem de correio electrónico datada de 13-12-2022 às 8:30, a qual instruía os docentes para, desde que possível, manterem as actividades lectivas remotamente.