HIB 6
6 Outubro 2022, 11:00 • Carlos António da Silva Assis
Unidade 3 – A Antiguidade (O dealbar da civilização)
Particularidades
da China e da Índia que as tornaram importantes como possuindo um nível de
conhecimento elevado: dimensão do território, envolvimento em redes e rotas
comerciais, desenvolvimento da escrita e interesse no conhecimento; relação
entre uma actividade comercial pujante e a riqueza, o estudo e a aquisição de
conhecimentos.
A civilização chinesa – os
“grandes” do oriente: o universo como uma espécie de ser vivo, composto por
cinco elementos (água, terra, metal, madeira e fogo) em proporções diversas,
que combinados com as forcas vitais (Qi, Yin e Yang) produzem os ritmos
cíclicos do tempo e da natureza.
Conhecimentos importantes sobre a
anatomia, a biologia de vários animais, com aplicação na produção industrial e
para divertimento, exemplos do bicho-da-seda, das carpas koi e do peixe
vermelho.
A medicina chinesa: esquemas
anatómicos humanos, meridianos e acupunctura; o uso do ritmo e vigor da
pulsação e o registo, nos pen ts’ao,
das propriedades terapêuticas de animais e plantas; os manuscritos de
Mawangdui, em particular o Wushi’er Bingfang (receitas para 52 doenças)
e a sua importância na datação de práticas tradicionais chinesas, como a
acupunctura e a moxabustão; características do conteúdo do Wushi’er Bingfang;
o Huangdi Neijing (Canon interno do Imperador Amarelo), importância da
obra e resumo da composição e das características.
A importância para os chineses do
carácter cíclico de tudo os que os rodeava, desde os fenómenos astronómicos até
aos fisiológicos, e a crença de que conheciam já as características da
circulação sanguínea, 40 séculos antes da sua descrição formal por William
Harvey.
Composição do organismo em 5 órgãos,
correspondentes aos 5 elementos cósmicos, e seis vísceras, correspondentes às 6
emanações terrestres que, combinados com as forças do Yin e do Yang, produzem
os ritmos cíclicos da natureza.
O sistema de 12 canais pares e
simétricos (os meridianos), que ligam os órgãos e as vísceras, e por onde
circulam o “sopro vital”, Qi, o Yin, o Yang e o sangue, e a forma como,
actuando sobre eles pode ser modulado e reequilibrado o fluxo da energia com o
objectivo de restabelecer a saúde.
A civilização Indiana – o
“peso” da tradição: a Ayourveda
(ciência ou conhecimento da vida) e a biologia.
A biologia indiana: baseada em
conhecimentos empíricos acerca de várias espécies úteis, envolvendo exigências
ecológicas, cruzamentos seleccionados, observação de períodos de reprodução,
etc.; produção das primeiras classificações baseadas em características
inerentes aos organismos.
A medicina indiana: a Ayourveda (ciência ou conhecimento da
vida), definida como o conjunto de fenómenos vitais, normais ou patológicos;
bases da medicina indiana – as Vedas, em particular a Atharvaveda,
datada de 1500 – 1500 a. C.; os cinco elementos naturais (terra, água, fogo,
vento e espaço); as doenças e os fenómenos fisiológicos como resultado do
estado de equilíbrio entre os elementos; o estado avançado da cirurgia (exemplo
da rinoplastia).
As Vedas e a sua riqueza na descrição
de práticas mágicas para a cura de doenças, de encantos e feitiços para a
expulsão de demónios, no uso de plantas e animais e na influência de elementos
naturais sobre a saúde; condições de doença mais frequentemente mencionadas.
A idade de ouro da medicina indiana,
entre 800 a.C. e 1000 d.C., e os tratados médicos fundamentais – Charaka-samhita,
sobre medicina geral, e o Sushruta-samhita, sobre práticas cirúrgicas.
Importância das civilizações orientais
no desenvolvimento da ciência na Antiguidade e os principais domínios da
actividade “científica” da época.
Características do conhecimento nas primeiras
civilizações: motivações eminentemente práticas para a aquisição de
conhecimentos; conhecimentos científicos e técnicos sempre envolvidos numa
moldura de magia e religião.
Esclarecimento das dúvidas dos alunos.