Sumários

Aula OTIA T7 - 30/10/2023

30 Outubro 2023, 09:30 Maria da Conceição Pombo de Freitas


Planos Municipais de Ordenamento do Território – PMOT’s

Instrumentos de Gestão Territorial

Os instrumentos de gestão territorial têm como objetivo o desenvolvimento do território, estabelecendo opções para a organização do espaço e promovendo a relação entre os diversos níveis da administração pública e as populações.

Desse modo, existem instrumentos de âmbito nacional, de âmbito regional e municipal, que se regem por uma hierarquia baseada na especificidade do próprio instrumento de gestão.

 

PMOT’s

São instrumentos de planeamento territorial, de natureza regulamentar, aprovados pelos municípios e que estabelecem o regime de uso do solo, definindo modelos de evolução da ocupação humana e da organização de redes e sistemas urbanos e, na escala adequada, parâmetros de aproveitamento do solo.

Os PMOT compreendem os Planos Diretores Municipais (PDM’s), os Planos de Urbanização (PU’s) e os Planos de Pormenor (PP’s).

 

Lisboa – PDM

Os Municípios, como Lisboa, correspondendo a divisões administrativas do espaço territorial nacional, dispõem de ferramentas de caraterização do seu espaço, baseadas nas diretrizes nacionais e regionais, onde, visando uma política de desenvolvimento sustentável, se possibilita aos gestores do território (autarquias), a definição de um próprio quadro de desenvolvimento estratégico relativamente à estrutura espacial do solo, sua classificação e regime de ocupação.

O PDM de Lisboa integra e articula as orientações estabelecidas pelo Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (Decreto-Lei nº 68/2002, de 8 de Abril).

As fases de elaboração dos PDM’s são: Estudos de Caraterização (dinâmica populacional, infraestruturas de saneamento, mobilidade e transportes, equipamento de utilização coletiva, definição das políticas de habitação, estrutura ecológica, etc.), elaboração das Plantas e do Regulamento, Apreciação da Comissão de Acompanhamento (composta por inúmeras entidades), Reuniões de Concertação e Discussão Pública.

O PDM é composto pelo Regulamento, onde se inclui o clausulado das matérias que se pretendem regrar, pelas Plantas de Ordenamento, que efetuam a qualificação do espaço e organizam espacialmente as estratégias nas diversas áreas de intervenção e pelas Plantas de Condicionantes, que materializam as restrições do espaço.

Nas Plantas e Regulamento do PDM foram englobadas as matérias de cariz geológico, numa ótica de mitigação e não agravamento das situações de potencial risco, designadamente as plantas de riscos naturais e antrópicos (vulnerabilidade a inundações e efeito de maré direto, suscetibilidade à ocorrência de movimento de massas em vertentes e vulnerabilidade sísmica dos solos). Foram ainda englobadas ao nível da qualificação do espaço as matérias relacionadas com a proteção do património geológico – Geomonumento de Lisboa e a área de proteção às Ocorrências Hidrominerais de Alfama.

Estes elementos podem ser consultados no site www.pdm.cm-lisboa.pt .

Inundações urbanas. Medidas mitigadoras.

 

A cartografia de suscetibilidade e vulnerabilidade a determinado fenómeno natural visa a descrição do território e sua resposta face à ocorrência de fenómenos potencialmente danosos.

Inclui a cartografia das áreas susceptíveis assim como, a indicação de medidas restritivas ou mitigadoras visando a salvaguarda e segurança de pessoas, bens e meio ambiente.

 

 

Numa ótica de planeamento a cartografia de vulnerabilidade tem como principal objetivo a adequação das caraterísticas do território às necessidades das populações;

 

Numa ótica de proteção civil, estas matérias são analisadas do ponto de vista dos danos em pessoas e bens mas, procurando igualmente a definição dos locais mais adequados para a instalação dos meios e agentes de proteção civil;

 

Numa ótica de reabilitação urbana, a existência desta informação é preponderante e deve ser usada no sentido do estabelecimento de alinhamentos de edifícios mais vulneráveis a determinados fenómenos. Devem ser promovidas condições de mitigação e não agravamento dos fenómenos.

 

 

2. Vulnerabilidade a Inundações

2.1. – Caraterização do território do ponto de vista da vulnerabilidade a inundações

A definição das áreas sujeitas a inundações teve como base a análise de diversos parâmetros, entre eles os registos da precipitação, a análise do registo de situações de intervenção do Regimento de Sapadores Bombeiros e da Brigada de Colectores da CML, no período compreendido entre 1972 e 2006, e das ocorrências de dia 26 de Novembro de 1967. Não foram tidas em conta as situações de rutura na rede de saneamento e /ou abastecimento assim como o rebentamento de barragens na Bacia do Vale do Tejo.

Foram ainda usados dados referentes à geomorfologia, efeito de maré direto, grau de permeabilidade das formações geológicas e presença de estruturas e infraestruturas. Estes dados foram cruzados com o Sistema Húmido e com o Sistema de Transição Fluvial-Estuarino.

O cruzamento destas variáveis permitiu a definição de 4 classes de vulnerabilidade a inundações.

2.2. – Vulnerabilidade da zona ribeirinha provocada pela sobrelevação de maré como consequência da futura subida do nível médio do mar

O estudo teve em conta:

§  Avaliação de cenários de subida do NMM com sobreposição dos efeitos de variação de maré, sobrelevação meteorológica e setup de vento;

§  Dados dos marégrafos de Cascais e Lisboa;

§  Cenários do NOAA (National Oceanic and Athmosferic Administration) – Jan 2017;

§  5º Relatório do IPCC;

 

Assumiu como pressupostos:

§  Subida entre 0,45 – 2,6m

§  Intervalo temporal até 2100

 

Permitiu a definição de duas plantas, para os intervalos temporais de 2050 e 2100 com a delimitação das zonas inundadas se se verificarem os cenários propostos pelos dados base.

Esta definição permitiu o estabelecimento da cota mínima para implementação de novas estruturas.

 

2.3. – Medidas de mitigação previstas no PDM

As medidas apresentadas assumem carácter generalista e visam a mitigação dos impactos na sequência de uma inundação, nomeadamente a segurança de pessoas, bens e ambiente.  

§  Recomenda-se que qualquer tipo de intervenção no subsolo, em área de elevada a muito elevada vulnerabilidade a inundações, seja acompanhado de um Estudo Geológico, Geotécnico e Hidrogeológico específico para o local;

§  Recomenda-se que a construção a desenvolver esteja de acordo com o grau de permeabilidade local, devendo ser promovidas condições que assegurem o escoamento através das formações locais ou através dos sistemas de adução e distribuição de água. As fundações das estruturas e infraestruturas deverão assegurar igualmente a percolação de água;

§  Tendo conhecimento que as situações de inundação ocorrem em momentos de queda de fortes precipitações intensas, recomenda-se que a fase de obra coincida com o período seco;

§  A fim de salvaguardar a construção a ser realizada em pisos subterrâneos, deve ser efetuado, um acompanhamento do projeto por parte do RSB em termos de dimensionamento dos sistemas de bombagem a integrar;

§  Recomenda-se evitar a construção ou instalação de equipamentos que originem concentração de pessoas com mobilidade reduzida;

§  Recomenda-se que as medidas de intervenção propostas no sistema de drenagem da Baixa Pombalina, entrem em linha de conta com o efeito de suscetibilidade direta ao efeito de maré e possibilidade de sobrecarga dos coletores, por queda de precipitação intensa, de modo a evitar situações de inundação;

§  Face à possibilidade de aparecimento de zonas inundáveis na ocorrência de Tsunamis, recomenda-se que na fase de implementação do projeto, sejam assegurados processos de monitorização e fiscalização eficazes.

 

 

2.4. – Medidas mitigadoras dos efeitos das inundações urbanas – Lisboa

Plano Geral de Drenagem de Lisboa

-  Estratégia de drenagem visando:

       Controle e minimização dos riscos de inundação;

       Aproveitamento do recurso.

 

- Conciliação de técnicas:

        Soluções complementares, de cariz mais local;

        Soluções estruturantes, de cariz mais geral;

        Modelação e gestão de informação em tempo real.

 

 

As principais intervenções estruturantes e complementares propostas são as seguintes:

1. Túneis para desvios de caudais: Campolide- Sta. Apolónia / Chelas-Beato;

3. Reforço do coletor da Bacia da Avenida de Berlim;

4. Bacias de retenção (Alto da Ajuda e Ameixoeira);

5. Reabilitação e reforço de coletores de redes primárias e secundárias (e.g., coletores de ambas as margens do Caneiro de Alcântara, da Avenida de Berna, e do Museu do Traje);

6. Reabilitação do trecho final do Caneiro de Alcântara;

7. Redução das perdas de carga localizadas (e.g., câmara da Rua de S. José/ R. Telhal ou câmara junto do Hotel Mundial);

8. Reabilitação e controlo de caudais em descarregadores;

9. Captação de escoamento de superfície (sarjetas de passeios e sumidouros);

10. Soluções de controlo na origem. As soluções de controlo na origem incluem trincheiras de infiltração, pavimentos porosos, poços absorventes e bacias de infiltração.

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Dia da Investigação na faCUL. Os alunos foram convidados a estar presente nas diversas atividades, incluindo palestras, do dia da Investigação.

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23 Outubro 2023, 09:30 Maria da Conceição Pombo de Freitas


Cursos de água: a sua importância no Ordenamento do Território. Servidões e restrições de utilidade pública associadas aos cursos de água: Domínio Hídrico Público e Reserva Ecológica Nacional.

Riscos associados aos cursos de água: poluição, erosão, inundação. Caracterização de cheias: causas, tipos, fatores condicionantes.

Metodologias de delimitação de Áreas relevantes para a Sustentabilidade do Ciclo Hidrológico: leito, margem, zonas ameaçadas pelas cheias.

Planos de Gestão de Risco de Inundações.

Aula TP12 - Nº 4

19 Outubro 2023, 11:00 Maria do Rosário da Encarnação de Carvalho


Reserva Ecológica Nacional (REN): introdução às figuras de áreas de proteção do Litoral e área de proteção do ciclo hidrológico terrestre.