Sumários

Aula da Campo - Praia da Bafureira

19 Abril 2018, 11:00 Ícaro Fróis Dias da Silva

Primeira saída de campo: Praia da Bafureira. Introdução à geologia da região de Lisboa. Identificação das principais litologias e sua relação com a evolução geológica da Bacia Lusitaniana. Levantamento de coluna litoestratigráfica. Utilização da bússola de geólogo. Realização de cortes geológicos


Saída de campo para Bafureira

19 Abril 2018, 08:00 Pedro Costa

Saída de campo para praia da Bafureira.

Observação, de campo, de amostras areníticas, margosas e carbonatadas cretácicas.
Realização de um corte estratigráfico e de um log litoestratigráfico.


8ª Aula Prática

19 Abril 2018, 08:00 José Eduardo de Oliveira Madeira

Aula de Campo na Praia da Bafureira

Morfologia da região: plataforma de abrasão e arriba litoral actuais e fósseis. Sequências sedimentares detríticas e carbonatadas: arenitos, argilitos, margas e calcários margosos. Conteúdo fossilífero dos sedimentos: gastrópodes, bivalves, troncos incarbonizados, âmbar, conchas mineralizadas, moldes internos, galerias (icnofósseis). Estruturas sedimentares e tectono-sedimentares: variações verticais e laterais de fácies, figuras de carga, figuras de liquefacção, e filões de areia (paleossismitos). Estruturas tectónicas: falhas e respectiva cinemática, caixa de falha, diaclasamento, fendas com preenchimento, calcite fibrosa. Estruturas vulcânicas intrusivas: filões. Textura de rochas vulcânicas: vesículas, amígdalas e fenocristais. Determinação da atitude de falhas e filões: medição directa e por mirada. Execução de esquemas geológicos: esquemas em corte, em planta e perfis topográficos expeditos.


Aula Teórica

18 Abril 2018, 11:00 Maria Carla Ribeiro Kullberg

Conversas Geológicas com os alunos. 

(O Data Show não funcionava e não permitiu o funcionamento programado para esta aula. Não foi possível trocar de sala e a assistência técnica solicitada só conseguiu resolver o problema a 5 minutos do termo da aula).


15ª Aula Teórica

16 Abril 2018, 11:00 Maria Carla Ribeiro Kullberg

Crescimento e destruição de uma cadeia de montanhas: A cadeia Varisca no NW Ibérico e sua evolução Paleozoica.

Seminário com Ícaro Dias da Silva, PhD, IDL e DG-Ciências

O estudo de cadeias de montanhas antigas revela-se de elevada importância para entender os Ciclos de Wilson passados e atuais. Nelas ficaram registadas evidencias de: a) abertura e expansão de bacias oceânicas por fenómenos de rifting, que levam à fragmentação e deriva de massas continentais; b) consumo por subducção dessas mesmas bacias devido a inversões tectónicas globais; c) colisão entre continentes de margens opostas, criação de cadeias de montanhas (orogenia) e consequente formação de supercontinentes; d) colapso gravitacional orogénico, atenuação do relevo e exumação da crosta profunda.

As cadeias de montanhas antigas por se encontrarem aplanadas, com os seus núcleos expostos, dão-nos a oportunidade única de aceder a informação geológica que de outra forma seria inacessível, como os processos magmáticos e metamórficos que ocorreram no interior de uma cadeia de montanhas, podendo assim extrapolar essas observações para entender melhor os seus equivalentes atuais. No sentido oposto, o estudo dos orógenos atuais é imprescindível para compreender a evolução tectónica de uma região afetada milhões de anos antes por fenómenos análogos.

Podemos constatar com facilidade que a diversidade de fenómenos geológicos registados numa cadeia de montanhas, obriga a estudos multidisciplinares, com a participação e a integração de diferentes áreas do campo das geociências. Somente desta forma se conseguem realizar reconstruções paleogeográficas, retrocedendo os movimentos das placas tectónicas centenas de milhões de anos, recuando um ou mais Ciclos de Wilson.

Nesta aula aborda-se o impacto que os Ciclos de Wilson tiveram na Península Ibérica (Ibéria) durante todo Paleozoico, desde a sua evolução como margem passiva no norte do continente Gondwana, no decorrer da abertura e expansão do oceano Rheic e mares subsidiários, à sua destruição por subducção e colisão continental final entre Laurussia e Gondwana levando à formação de Pangeia e da orogenia Varisca. Como exemplo será apresentado um modelo de evolução geológica do NW de Ibéria, com especial enfoque na região NE de Portugal, circundante aos maciços de Morais e de Bragança. Esta apresenta especial interesse pela exposição e representatividade dos eventos estratigráficos, estruturais, tectónicos, magmáticos e metamórficos que ocorreram durante todo o Paleozoico neste sector do Maciço Varisco Ibérico, sendo um atrativo objeto de estudo para as diferentes equipas de investigação nacionais e internacionais, que atualmente trabalham nesta região.

Leituras recomendadas:

[1] Marshak, Stephen (2008) - Earth: portrait of a planet. W. W. Norton & Company, London (3ª edição), 832p & Anexos.  [Cap. 9 & 10, Int C]

[2] Grotzinger, Jordan, Press & Siever (2007) - Understanding Earth. W.H. Freeman & Co. (5ª ed.), 579 p. [Cap. 13 & 14]

[3] http://www.tulane.edu/~sanelson/eens1110/index.html   [Cap. 9 & 10]

[4] http://www.earth.northwestern.edu/people/seth/202/new_2004/wilson_cycle.html

[5] Int J Earth Sci (Geol Rundsch) (2016) 105:1127–1151 – disponível no moodle