Sumários

HIB 23

12 Janeiro 2021, 11:00 Carlos António da Silva Assis

Conclusão da Unidade curricular

A estruturação da Biologia no século XIX: a origem de designação; o estabelecimento, no séc. XIX, dos conhecimentos que constituem seis dos pilares da Biologia (Teoria da Biogénese, Teoria Celular, Conceitos de Meio interno e de Homeostasia, Teoria da Evolução e Conceito de Ecologia) e primórdios do desenvolvimento do sétimo (a Genética); os níveis de organização da matéria viva e o âmbito da biologia actual.

A biologia no século XX: o esquema geral da organização dos reinos do mundo vivo; a questão dos vírus, viróides e priões; descrição resumida do desenvolvimento das várias subáreas da Biologia ao longo do século XX; a “Síntese Moderna” do século XX – Julian Huxley, o autor da designação, a natureza da “síntese”, os intervenientes e respectivas áreas de contribuição (R. A. Fisher, B. S. Haldane, G. de Beer, S. Wright, T. Dobzhansky, E. B. Ford, I. Schmalhausen, E. Mayr, G.G. Simpson e G. L. Stebbins).

História das Ideias em Biologia: as intenções, o programa, a concretização do programa e o papel dos alunos.

O balanço do semestre: caracterização da turma e a adesão dos alunos aos temas desenvolvidose às actividades propostas.

História da descoberta da estrutura da dupla hélice de DNA: O desfecho (Watson, Crick, a sua publicação em 1953, e o prémio Nobel da Medicina/Fisiologia em 1962); a publicação de Watson e Crick, suas características e a inclusão, em 2019, na lista dos 10 artigos extraordinários da Nature; o artigo como um texto fundamental e o processo histórico que a ele conduziu como um processo paradigmático como exemplo da forma como a ciência progride; contribuições de Friedrich Miesher, Richard Altmann, Ludwig Kossel; Phoebus Levene e a primeira proposta de uma estrutura para a molécula de DNA (a hipótese do tetranucleótido); Alexander Todd e a estrutura de uma cadeia de nucleótidos; Wiliam Astbury, Florence Bell, as suas fotografias de difracção de raios X e uma nova proposta de estrutura para o DNA (a pilha de moedas); as experiências de Avery, MacLeod e Mc Carty e a primazia do DNA na transmissão da informação hereditária; Erwin Chargaff, as suas leis e as suas convicções; as novas fotos do laboratório de Astbury, por Elwyn Beighton; Alfred Hershey e Martha Chase e a confirmação da importância do DNA como transmissor da informação genética; ponto de situação no que se refere ao conhecimento da molécula de DNA no início de 1952.

Os protagonistas da solução: a primeira tentativa falhada de Watson e Crick e a proibição de Lawrence Bragg (1951); o conhecimento da existência de um manuscrito de Linus Pauling; breve caracterização de Linus Pauling e a sua proposta para estrutura do DNA (hélice tripla); o manuscrito de Linus Pauling e a permissão de Bragg para uma nova tentativa; Rosalind Franklin, Maurice Wilkins e a foto 51, como preliminares para a descoberta da estrutura da molécula de DNA por James Watson e Francis Crick; os prémios Nobel relacionados com a “saga do DNA”; alguns dos mais importantes esquecidos na procura da estrutura da molécula de DNA, em particular, os casos de Rosalind Franklin e Linus Pauling; a continuação da exploração com a descoberta do código genético.

Apresentação aos alunos das características gerais do exame final.

Encerramento da Unidade curricular.

Nota: a aula foi transmitida à distância através da plataforma Zoom.


HIB 22

7 Janeiro 2021, 11:00 Carlos António da Silva Assis

Unidade 6 – A Idade contemporânea (a consolidação do saber)

A Biologia no século XIX.

A Teoria Celular: os três postulados fundamentais da Teoria Celular; os papéis de Matthias Schleiden, Theodore Schwann e Rudolf Virchow; os antecessores e os precursores da teoria celular; o que se sabia e o que se desconhecia ao ser estabelecida a teoria celular; campos que se desenvolveram na sequência do estabelecimento da Teoria Celular.

A geração dos seres vivos: a herança (espontaneístas vs. anti-espontaneistas, epigénesistas vs. pré-formacionistas e ovistas vs. espermatistas) e os avanços (Louis Pasteur e o fim da geração espontânea, Karl von Baer e o fim do pré-formacionismo, Édouard Beneden, Gustave Thuret, Oscar Hertwig e Jacques Victor Coste e o fim do ovismo e do espermatismo).

A genética: os antecessores (Réaumur e Maupertuis) e os precursores (Jean-Antoine Colladon, Augustin Sageret, Charles Naudin e Johann Gregor Mendel); os trabalhos de Mendel com ervilheiras e as leis de Mendel; o esquecimento e a redescoberta de Mendel, em 1902, por Hugo der Vries, Carl Correns e Eric von Tschermak.

Theodor Boveri e Walter Sutton, e a Teoria Cromossómica.

Godfrey Hardy e Wilhelm Weinberg, e a genética populacional.

Thomas Hunt Morgan, a identificação da sede da informação genética, e os fenómenos de mutação, linkage e crossing-over.

Alfred Sturtvant e o primeiro mapa genético.

A Química da Vida e o Vitalismo: o pressentimento da importância da Química para o avanço da Biologia e as dificuldades impostas pela crença vitalista; a falta de concordância entre a Química e a Biologia no que se refere aos princípios, aos métodos e aos materiais; a perda da força das ideias vitalistas ao longo do século XIX.

Xavier Bichat: breve nota biográfica e principais obras; a célula como sede do conflito entre a vida e a morte.

O desenvolvimento da Bioquímica: da extracção, isolamento e uso de compostos fornecidos por organismos vivos até à síntese laboratorial de compostos orgânicos; os trabalhos de J. B. Caventou e P.-J. Pelletier; J. J. Berzelius, a distinção entre compostos orgânicos e inorgânicos e o suporte às ideias vitalistas; Friedrich Wöhler, a síntese da ureia e o abrir de portas para novas tentativas de síntese completa de compostos orgânicos; Justus von Liebig, o seu interesse nos processos energéticos, o alimento como fonte de energia e a classificação dos compostos orgânicos em proteínas, hidratos de carbono e gorduras; A. H. Kolbe e a síntese completa do ácido acético; P. M. Berthelot, a síntese completa de muitos compostos orgânicos e a diminuição da importância do vitalismo.

Edward Büchner, os estudos de fermentação, a demonstração da possibilidade de realização de reacções metabólicas na ausência de células e a queda definitiva do vitalismo.

Desenvolvimento da fisiologia: As escolas alemã e francesa de Fisiologia, com Justus von Liebig, Johannes Müller e Carl Ludwig e com Charles Bell, François Magendie e Claude Bernard, respectivamente; os principais interesses da escola alemã, a metodologia e a importância na formação de seguidores; Johannes Müller – breve nota biográfica e principais obras; o seu papel no desenvolvimento da Fisiologia ao integrar nela o saber e os métodos de outras áreas do conhecimento e ao estimular com o seu exemplo e com os seus ensinamentos a investigação em fisiologia; as suas convicções vitalistas; Carl Ludwig, os seus trabalhos sobre a pressão sanguínea, a excreção urinária e a anestesia, e a sua enorme lista de correspondentes; os principais interesses da escola francesa, a metodologia e a importância dada à experiência; C. Bell e F. Magendie e as experiências sobre o sistema nervoso; a lei de Bell-Magendie; as principais descobertas de Magendie; Claude Bernard: breve nota biográfica e principais obras; o seu interesse pelas questões metodológicas e pela experimentação em Fisiologia; a indução de fenómenos fisiológicos; formulação do conceito de Meio Interior e a sua importância para a compreensão do funcionamento dos organismos vivos.

Esclarecimento das dúvidas dos alunos.

Nota: a aula foi transmitida à distância através da plataforma Zoom.


HIB 21

5 Janeiro 2021, 11:00 Carlos António da Silva Assis

Unidade 6 – A Idade contemporânea (a consolidação do saber)

A Biologia nos séculos XV a XVIII (um resumo): o contexto de surgimento da Idade Moderna, a preparação da Idade Moderna, a alteração de paradigmas e as bases para o desenvolvimento da Biologia.

A Biologia no século XIX.

A expansão do conhecimento, a diversificação das áreas tradicionais, a emancipação de várias áreas do conhecimento biológico e o estabelecimento dos pilares fundamentais da Biologia Moderna.

A formulação da Teoria Celular e da Teoria da Evolução, a primeira abordagem à genética, o desenvolvimento da anatomia comparada e da microbiologia, a compreensão da natureza do contágio, e o estabelecimento da Paleontologia como motores de uma drástica alteração dos paradigmas da Biologia.

Os naturalistas dominantes ao longo do século XIX: Jean-Baptiste Lamarck, Étienne Geoffroy Saint-Hilaire, Georges Cuvier e Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.

Jean-Baptiste Lamarck: breve nota biográfica e principais obras; Philosophie Zoologique (1809); a teoria de evolução de Lamarck e os princípios do uso e do desuso e da hereditariedade dos caracteres adquiridos.

Étienne Geoffroy Saint-Hilaire: breve nota biográfica e principais obras; os estudos de teratologia; a unidade do plano do reino animal; as ideias transformistas e a importância conferida ao meio como motor da transformação.

Georges Cuvier: breve nota biográfica e principais obras; da anatomia funcional à anatomia comparada; o princípio da correlação de formas; a contribuição para a paleontologia; o fixismo intransigente e a teoria do catastrofismo.

O antagonismo entre Cuvier e Saint-Hilaire e a discussão entre homologia e analogia.

Charles Darwin: breve nota biográfica e principais obras; a viagem da Beagle; de acompanhante do capitão a naturalista; o conflito interno entre factos e crença.

Alfred Russel Wallace, o esquecido: breve nota biográfica e principais obras, a teoria da Biogeografia; a carta para Darwin com a sua teoria evolutiva.

Charles Darwin de novo: a carta de Wallace; Lyel, Hooker e a comunicação na Linnean Society of London, em 1858; a Origem das Espécies e a defesa da teoria; o papel particular de Huxley; a aceitação da pangénese e a hereditariedade dos caracteres adquiridos.

Ernst Haeckel: breve nota biográfica e principais obras; a Lei Biogenética Fundamental e a Teoria da Gastrea; os termos Ecologia, Phylum e Filogenia; as árvores como forma gráfica de representar a evolução; a veia artística de Haeckel.

Esclarecimento das dúvidas dos alunos.

Nota: a aula foi transmitida à distância através da plataforma Zoom.


HIB 20

17 Dezembro 2020, 11:00 Carlos António da Silva Assis

Unidade 5 – A Idade Moderna (o renovar da ciência)

Século XVIII – o Iluminismo.

Áreas de interesse da Biologia Experimental no século XVIII.

René Antoine de Réaumur: breve nota biográfica e interesses; os estudos sobre insectos e sobre animais marinhos; as experiências sobre a digestão em aves, sobre a fecundação em rãs e sobre o tempo de incubação em aves, e os cruzamentos entre aves de capoeira.

John Needham: breve nota biográfica e experiências sobre a geração espontânea.

As dissidências entre espontaneístas e anti-espontaneístas e entre epigenesistas e pré-formacionistas.

Lazzaro Spallanzani: breve nota biográfica e interesses; a repetição das experiências de Needham e a identificação dos defeitos de concepção; as experiências de fecundação de ovos de rã; as experiências sobre a digestão; os estudos sobre a ecolocalização em morcegos e a determinação da importância do ouvido.

Abraham Trembley e as experiências em Hydra viridis.

Charles Bonnet e a partenogénese em pulgões. O acender da discussão entre epigenesistas e pré-formacionistas.

Os fisiologistas no século XVIII.

Stephen Hales e a circulação em plantas e mamíferos.

Julien de la Mettrie, a instalação das funções mentais no cérebro e, apesar do retomar das ideias mecanicistas de Descartes, a defesa da inexistência de alma.

Georg E. Stahl: breve nota biográfica e interesses; a reacção à iatroquímica e à iatrofísica e o relançamento do conceito de alma/espírito; o desenvolvimento da corrente vitalista e os seus postulados; as consequências do vitalismo no progresso da fisiologia.

Johann Becher (terra pinguis) e Georg Stahl (flogisto) e a teoria do flogisto.

Os trabalhos de Joseph Priesley, de Lavoisier e de Laplace sobre a troca gasosa nos pulmões e sobre o calor animal; descrição da hematose.

Da variolação à inoculação: a varíola, sintomas, gravidade e mortalidade; a variolação, variantes e efeito; Lady Mary Montagu e a importação da variolação para a Europa; a popularização e a posterior proibição da variolação; Edward Jenner e a história do desenvolvimento do princípio da vacinação.

Os precursores do transformismo: o conhecimento da diversidade de seres vivos viventes e fósseis ao longo do século XVIII, a construção de classificações e o conhecimento da selecção artificial; A vivência e as ideias transformistas de Benoît de Maillet, de Maupertuis, de Buffon, de James Burnett, de Robinet e de Erasmus Darwin manifestadas ao longo do século XVIII e precursoras de Lamarck.

Esclarecimento das dúvidas dos alunos.

Nota: a aula foi presencial e, simultaneamente, transmitida à distância através da plataforma Zoom.


Tertúlia de HIB 7

16 Dezembro 2020, 21:00 Carlos António da Silva Assis

Tertúlia de HIB (espaço de contacto informal com os alunos dedicado a conversas informais sobre assuntos relacionados com História, com Ciência, com Biologia e com curiosidades de cultura geral).

Discussão das respostas dos alunos aos “Desafios de Pesquisa” propostos nas aulas de HIB.

Esclarecimento das dúvidas dos alunos sobre os conteúdos de HIB.

Conversa com os alunos sobre vários assuntos por eles propostos.

Nota: a sessão foi mantida à distância através da plataforma Zoom.