Sumários
Escrita Científica e Regras para Elaboração dos Artigos BEIV
15 Maio 2025, 14:00 • Federico Herrera Garcia
Nesta aula, explorámos os princípios fundamentais para escrever artigos científicos claros, rigorosos e eficazes, aplicando diretamente as regras para a elaboração dos artigos da unidade curricular Bioquímica Experimental IV (BEIV).
1. Finalidade do texto científico
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O objetivo principal de um artigo científico é comunicar dados ou descobertas de forma precisa, clara, concisa e convincente a uma audiência crítica.
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Um bom artigo deve contar uma história lógica, destacando o problema, a metodologia, os resultados e as suas interpretações, para que o leitor compreenda facilmente a relevância do trabalho.
2. Estrutura IMRAD e componentes essenciais
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A estrutura IMRAD (Introdução, Métodos, Resultados e Discussão) é a espinha dorsal de qualquer artigo, devendo as secções estar rigorosamente organizadas e interligadas.
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O artigo deve conter obrigatoriamente: título, sumário (máximo 150 palavras, num único parágrafo), introdução, resultados, discussão, materiais e métodos, referências e outros elementos suplementares, como figuras e tabelas.
3. Título e sumário
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O título precisa ser sucinto, atraente e transmitir claramente o tema do estudo.
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O sumário deve sintetizar todo o trabalho, apresentando contexto, objetivos, métodos principais, resultados principais e conclusão numa linguagem direta e informativa.
4. Introdução e objetivos
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A introdução deve estabelecer o contexto científico, justificar a relevância do estudo e apontar claramente os objetivos.
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Deve usar referências atuais e pertinentes para enquadrar a investigação sem se tornar num texto excessivamente teórico.
5. Resultados e apresentação gráfica
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A secção de resultados deve contar a “história” do artigo, organizando os textos e figuras em sequência lógica para responder aos objetivos.
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Figuras e tabelas são vitais para clarificar dados, devem ser autoexplicativas, com legendas informativas e centralizadas na conclusão a retirar da figura.
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Deve evitar-se a repetição da informação entre texto e legendas, e a apresentação dos dados deve ser rigorosa, evitando gráficos enganosos ou mal formatados.
6. Discussão e conclusões
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A discussão integra os resultados, compara-os com a literatura, destaca implicações e limitações sem especulações infundadas.
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As conclusões devem ser breves, objetivas e alinhadas com os dados apresentados, reforçando as mensagens principais.
7. Materiais e métodos
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Esta secção deve detalhar os protocolos usados, reagentes, equipamentos, tipos de amostra e análises estatísticas para garantir reproduzibilidade.
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Deve ser escrita em voz passiva, impessoal e com a informação necessária, evitando detalhes triviais ou já conhecidos.
8. Normas de escrita e estilo
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Usar frases claras, concisas e livres de ambiguidades — evitar jargão desnecessário e termos vagos.
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A pontuação e sintaxe são essenciais para a precisão do texto — se não houver razão forte para usar vírgulas, por exemplo, não as usar.
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Recomenda-se o uso de ferramentas de revisão automática de gramática e ortografia (como o Microsoft Word, Grammarly, AJE).
9. Publicação e referências
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Deve utilizar-se um formato consistente e completo nas referências bibliográficas, preferencialmente segundo o estilo exigido pela revista de destino.
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A pesquisa bibliográfica deve ser feita em bases de dados reconhecidas, garantindo a utilização das fontes mais relevantes e recentes.
10. Apresentação oral dos artigos
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Os grupos terão uma apresentação oral limitada a 10 minutos, seguida de discussão de até 30 minutos, momento para questionamentos, críticas construtivas e defesa dos trabalhos.
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A apresentação deve ser clara, organizada e com bom suporte visual (slides, figuras) para facilitar a comunicação.
Tutorial 1: Visualização Molecular e Previsão de Estruturas
15 Maio 2025, 09:00 • Miguel Machuqueiro
Manipulação correta de estruturas proteicas no PyMOL; Familiarização com os domínios estruturais da proteína STAT3 e a ligação ao DNA; Correlação das modificações pós-traducionais (PTMs) do STAT3 com as transições conformacionais e a ligação ao DNA; Comparação de diferentes estruturas de raios X e o modelo de AlphaFold.
Tutorial 3: Modelos Completos para os Complexos STAT3:DNA
9 Maio 2025, 14:00 • Miguel Machuqueiro
Aprenda a editar estruturas proteicas no PyMOL; Desenvolver uma abordagem simples para introduzir mutações pontuais na estrutura proteica; Gerar modelos estruturais dos complexos STAT3/DNA ativos e inativos para servirem como pontos de partida para simulações de dinâmica molecular (MD).
Tutorial 2: Superfícies de Energia Potencial e Manipulação de Estruturas
9 Maio 2025, 09:00 • Miguel Machuqueiro
Aprender a gerar mapas de potencial eletrostático no PyMOL; Familiarização com os domínios estruturais da proteína STAT3, incluindo os domínios de ligação ao DNA, o ligante e os domínios SH2; Criar um modelo completo a partir da AlphaFold para o complexo STAT3/DNA ativo.
Análise de Imagem e Dados
8 Maio 2025, 14:00 • Federico Herrera Garcia
Nesta sessão, foi explicado em detalhe como deveriam ser analisadas as imagens de microscopia de fluorescência e de western blot para obter dados quantitativos, utilizando o programa de acesso livre ImageJ/FIJI. Foi também realizado um tutorial passo a passo de análise de dados de citometria de fluxo com o programa online Floireada.io. Os protocolos foram disponibilizados no Moodle. Explicaram-se as melhores formas de representar os dados e organizar as figuras. Foram igualmente apresentados os métodos estatísticos mais adequados, dependendo do tipo de dados obtidos e analisados.