Sumários
TP4
19 Março 2025, 12:30 • Francisco Rodrigues Pinto
Modulação da velocidade de um processo bioquímico.
TP4
18 Março 2025, 15:30 • Francisco Rodrigues Pinto
Modulação da velocidade de um processo bioquímico.
Regulação Metabólica Clássica: O Passo Limitante
18 Março 2025, 14:00 • Federico Herrera Garcia
Esta aula trata dos princípios clássicos da regulação metabólica, com foco na identificação do passo limitante de vias metabólicas, usada para entender como o fluxo de matéria e energia é controlado nas células.
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Metabolismo e sistema aberto: O metabolismo é o conjunto de reações químicas e físicas num organismo, que permanece diferente do meio envolvente graças a barreiras de permeabilidade e trocas constantes de matéria e energia.
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Objetivos clássicos da regulação metabólica:
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Identificar o passo limitante da via (reação-chave que regula o fluxo da via).
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Identificar enzimas regulatórias.
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Distinguir entre reações próximas do equilíbrio e longe do equilíbrio.
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Reações longe do equilíbrio:
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Reduzida atividade enzimática e alto Keq/Q.
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São sensíveis à regulação alostérica e a fatores externos (feed-back, hormonas).
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Determinam a direção do fluxo metabólico e correspondem ao passo limitante.
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Podem ser saturadas com substrato, tornando-as independentes de pequenas variações de concentração do substrato.
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Reações perto do equilíbrio:
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Alta atividade enzimática, Keq/Q próximo de 1.
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Permitem reversibilidade da via e são pouco reguladas de forma alostérica, mas sensíveis a alterações de substrato/produto.
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Fluxo e passo limitante:
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O passo limitante não é necessariamente o mais lento, mas é a etapa regulada de forma mais eficaz para controlar o fluxo da via.
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Todas as reações de uma via em estado estacionário apresentam a mesma velocidade, mas a regulação ocorre sobre as etapas longe do equilíbrio.
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Exemplo da glicólise:
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Hexocinase, fosfofrutocinase e piruvato cinase são passos longe do equilíbrio e candidatos clássicos ao passo limitante.
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Tabelas mostram como os valores de Keq, Q, Km e concentração fisiológica de substratos identificam essas etapas.
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Regulação interna vs. externa:
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Interna: transmite variações de fluxo estabelecidas pela reação geradora de fluxo, não controla diretamente o fluxo.
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Externa: atua sobre a reação geradora de fluxo e pode regular por alosteria, co-substrato ou outros mecanismos externos à via.
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Estratégia para identificação:
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Medir quocientes de ação de massas, Km, tempos de reação.
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Identificar mudanças de substratos e efeito de reguladores externos.
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Este modelo clássico foi ponto de partida para abordagens quantitativas modernas e para a compreensão de doenças metabólicas e efeitos de fármacos ou hormonas.
Barreira Cinética I: Regulação da Velocidade de uma Reação
17 Março 2025, 12:00 • Federico Herrera Garcia
Esta aula aprofunda a natureza da barreira cinética como um dos principais componentes na regulação bioquímica da velocidade das reações, destacando os mecanismos moleculares e exemplos fisiológicos.
Componentes com elevado potencial de regulação da velocidade de reações:
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Barreira de permeabilidade (controle da disponibilidade de substrato)
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Barreira cinética (controle da qualidade do catalisador)
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Barreira energética (controle termodinâmico)
Modulação da velocidade individual de reações:
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Disponibilidade do substrato
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Importância do transporte celular e compartimentalização.
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Exemplos de reações não enzimáticas reguladas pelo substrato.
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Em reações enzimáticas, quando a concentração do substrato é inferior ao Km, a velocidade depende da disponibilidade do substrato (exemplos: enzimas de desintoxicação como superóxido dismutase — SOD — e catalase).
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Em geral, a maioria das enzimas não opera com concentração de substrato abaixo do Km, para garantir regulação mais fina por outros mecanismos.
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Remoção do produto
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Remoção eficaz ajuda a manter a direção da reação.
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Importante em reações de equilíbrio e na prevenção de inhibição por produtos.
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Modulação do catalisador (enzimas)
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Qualidade do catalisador: Envolve a atividade intrínseca da enzima, que pode ser modulada por alosteria e modificações pós-traducionais (por exemplo, fosforilação).
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Quantidade do catalisador: A expressão gênica e a degradação regulam a quantidade de enzimas presentes, promovendo controle mais lento e robusto.
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Exemplos de controle pela disponibilidade do substrato:
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Enzimas de desintoxicação (SOD, catalase) exibem cinética linear, mesmo em função do substrato, devido a características específicas.
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Explicação dos mecanismos catalíticos de SOD (com centro ativo Cu-Zn/Mn) e catalase (Fe3+).
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Controlos fisiológicos mediado pelo fator induzido por hipóxia (HIF), que regula genes diversos relacionados com crescimento, metabolismo, transporte, angiogénese, entre outros.
Controlo do fator induzido por hipóxia (HIF) pelo oxigénio:
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HIF é regulado pela hidroxilação em resíduos específicos, sinalizando para ubiquinação e degradação proteica em condições normóxicas.
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Este mecanismo é sensível a concentrações de oxigénio fisiológicas, permitindo adaptação celular em hipóxia.
Modelos de regulação alostérica:
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Discussão dos conceitos de modulação allostérica/cooperativa da função enzimática.
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Exemplos clássicos como a regulação da hexoquinase e da glucoquinase, a ligação cooperativa em hemoglobina e o controlo alostérico na aspartato transcarbamilase.
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Modelos teóricos de Monod-Wyman-Changeux (MWC) e Koshland-Némethy-Filmer (KNF) para descrever transições conformacionais e cooperatividade em proteínas.
Modificação covalente reversível de resíduos de aminoácidos:
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Fosforilação, oxidação, metilação, acetilação e outras modificações são mecanismos chave para a regulação funcional e dinâmica da atividade enzimática.
Importância biomédica:
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Inibição alostérica de proteínas fosfatases (PTPs) é relevante em vias de sinalização de fatores de crescimento e cancro.
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Exemplo dado do inibidor MSI-1436 que modula a atividade da PTP1B via interação alostérica.
TP3
12 Março 2025, 12:30 • Francisco Rodrigues Pinto
Parâmetros quantitativos típicos de processos bioquímicos. Continuação da aula anterior.